Carlos Saúl Menem Akil (Anillaco, 2 de julho de 1930 – Buenos Aires, 14 de fevereiro de 2021) foi um político argentino que foi presidente da Argentina entre 8 de julho de 1989 a 10 de dezembro de 1999. Ele também foi senador pela província de La Rioja de 10 de dezembro de 2005 até sua morte. Ideologicamente, ele se identificava como peronista e buscava políticas economicamente liberais, atuando como presidente do Partido Justicialista de 1990 a 2001, com sua abordagem política chamada Menemismo.
Nascido em Anillaco, uma pequena cidade da província de La Rioja, numa família de imigrantes sírios, Menem foi criado como muçulmano, mas depois se converteu ao catolicismo romano para seguir carreira política pois, até 1994, a Constituição argentina exigia que o presidente fosse católico. Menem tornou-se peronista durante uma visita a Buenos Aires. Ele liderou o partido em sua província natal de La Rioja e foi eleito governador em 1973. Foi deposto e detido durante o golpe de Estado argentino de 1976 e foi eleito governador novamente em 1983. Ele derrotou o governador de Buenos Aires, Antonio Cafiero, nas eleições primárias para as eleições presidenciais de 1989, que ele ganhou. A hiperinflação e as revoltas populares forçaram o presidente Raúl Alfonsín a renunciar mais cedo, encurtando a transição presidencial.
Menem apoiou o Consenso de Washington e enfrentou a inflação com o plano de conversibilidade em 1991. O plano foi complementado por uma série de privatizações e conseguiu controlar a inflação. A Argentina restabeleceu relações diplomáticas com o Reino Unido, suspensas desde a Guerra das Malvinas, e desenvolveu relações especiais com os Estados Unidos. Durante o seu governo, o país sofreu dois ataques terroristas. A vitória peronista nas eleições legislativas de 1993 permitiu-lhe persuadir Alfonsín (então líder do partido de oposição UCR) a assinar o Pacto de Olivos para a reforma de 1994 à Constituição argentina. Essa emenda permitiu a Menem concorrer à reeleição em 1995, que ele venceu. Uma nova crise econômica começou e os partidos opostos formaram uma coalizão política que ganhou as eleições legislativas de 1997 e as eleições presidenciais de 1999.
Após sua presidência, várias figuras importantes de seu governo foram presas e consideradas culpadas de várias acusações criminais e de corrupção, incluindo tráfico ilegal de armas, desvio de dinheiro públicos, extorsão e suborno. Sua posição como senador lhe rendeu imunidade ao encarceramento. Menem concorreu à presidência novamente em 2003, mas diante de uma provável derrota no segundo turno contra Néstor Kirchner, ele optou por desistir, efetivamente entregando a presidência a Kirchner. Foi eleito senador por La Rioja em 2005.
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